quinta-feira, 12 de março de 2020

Modelo de Maturidade para interoperabilidade


Modelo de Maturidade para interoperabilidade

Padronização
Implementação
Marco
Contexto
Ações
Governança
Sócio Cultural Não Existe Nenhum Nenhum Nenhum
Político-Legal Existe Geral Muitas Fraca
Organizacional Existe Geral Muitas Média
Informacional Existe Em alguns setores Muitas Fraca
Tecnológica Existe Muitos setores Muitas Fraca

No órgão onde eu trabalho, existe um ecossistema muito diversificado onde a maturidade dos processos varia entre muito maduro até inexistente. Em um debate interno classificou-se o órgão em dois setores que estão com processos bem definidos e maduros que estão com “fartura” de de profissionais pensantes e que possibilitam soluções e outros três setores que são as “fontes” de problemas não resolvidos.

Verifica-se esta situação por ser uma área em que a sociedade civil esta ainda bem organizada e seus processos são inexistentes ou pouco maduros, onde sua reprodutibilidade é baixa. Nos 6 anos de existência do órgão, não faltaram esforços para mapear os processos a fim de buscar uma padronização mínima. Porém o insucesso dos esforços é por falta de maturidade nestes processos. Observa-se que desde o início da gestão deste órgão, o avanço foi muito grande, pois muitos repasses financeiros que eram feitos para os municípios e estados não se tinha controle, hoje existe um acompanhamento, precário.

Os dois setores que foram considerados “organizados”, seus objetos de trabalho são bem definidos e delimitados, os demais setores estão ou estavam buscando a melhor forma de gestão. Existe um atropelo de tempo, processos, oportunidades, etc. Por exemplo, desde a criação do órgão, havia necessidade de manter os “gastos”, “repasses” herdados dos órgãos de origem. Junto com esta tarefa, foi gasto um esforço muito grande para buscar Marcos Legais para as principais políticas. Em paralelo houve um trabalho de organização de Câmaras Técnicas, Conselhos, Conferências para mobilizar as bases municipais e estaduais para o convencimento e prática da política, uma vez que não existe representantes legais nestes lugares. Estas sementes foram plantadas durante as duas gestões do governo Lula e os muitos frutos foram sendo colhidos. Durante a colheita de muito destes frutos descobriu-se falhas no processo. Por exemplo, em 2005 foi implantada um Norma Operacional Básica da Política, hoje em 2010 está-se estudando sua atualização. Muitos municípios ainda não conseguiram implementar a primeira NOB e sua atualização já esta quase para ser aprovada.

Em um contexto muito dinâmico como este, é muito caro mapear e implantar processos que levam mais de dois anos para sua entrega e utilização. Tem que se buscar em ambiente instáveis e “nebulosos” ferramentas que permitam os gestores de todos os níveis contribuir com suas experiências e buscar modelos e referências com casos reais de sucesso.

Um dos objetivos da participação neste curso é desenvolver habilidades que incentivem a interoperabilidade de práticas de gestão para que em um próximo passo seja possível a interoperabilidade de dados e conhecimento.

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